sexta-feira, 24 de abril de 2015

arqOUT no seminário da APENA

ENGENHARIA NATURAL NA RECUPERAÇÃO DE ECOSSISTEMAS
ECOjardim na recuperação da paisagem

A arqOUT vai participar, no próximo dia 5 de Maio, no seminário promovido pela Associação Portuguesa de Engenharia NAtural (APENA) com o tema:
  • O ECOjardim na recuperação da paisagem.
Em conjunto com a Prof. Dr. Ana Luísa Soares, vai-se apresentar a importância das espécies autóctones, as suas vantagens e o seu uso em técnicas de Engenharia Natural.

A entrada é gratuita e as inscrições terão de ser confirmadas enviando um email para: geral.apena@gmail.com




quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Jardins


A importância do arquitecto paisagista, qualquer que seja a dimensão do jardim, é fundamental para prever o comportamento da vegetação ao longo dos tempos, mas não só.

  • Se tiver um projecto/plano feito por um arquitecto paisagista todas as plantas são escolhidas e localizadas criteriosamente para se desenvolverem naturalmente no espaço disponível;
  • Se tiver o acompanhamento de um arquitecto paisagista vai ter as informações necessárias para uma manutenção e monitorização objectiva.
  • Se tiver a consultoria de um arquitecto paisagista vai ter os conselhos e soluções certas antes que os danos sejam maiores.

Fazendo bem as contas, os honorários que investe no inicio rapidamente são compensados pelo que vai poupar logo num curto prazo: 

1. Na eficácia do sistema de rega, sem consumos desnecessários.
2. Na organização do espaço que lhe permite uma manutenção fácil e o usufruto do espaço de acordo com as suas necessidades.
3. Na selecção cuidada e aconselhamento das espécies de forma a pensar no jardim enquanto ecossistema vivo em constante evolução.
4. No planeamento de trabalhos de manutenção e monitorização, optimizando todos os recursos.


No caso de gostar de espécies exóticas ou ornamentais a importância do acompanhamento técnico é redobrada, porque as plantas produzidas em condições artificiais e em ambientes diferentes do seu habitat natural podem ter comportamentos surpreendentes e por vezes invasores.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Jardins


Muitas vezes somos confrontadas com situações como esta: um pequeno jardim, um cliente com um grande interesse em plantas e que consegue uma colecção botânica invejável.

O problema surge muitas vezes uns anos depois. As plantas desenvolvem-se de forma imprevisível e o jardim transforma-se num 'mato' colorido, desordenado, que invade muros, pavimentos e onde haja espaço...

Estamos a trabalhar numa solução para este jardim!

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Comunicação e Educação Ambiental

A arqOUT oferece um novo serviço, a par dos estudos, projectos e obra, fazemos a divulgação e comunicação ambiental das acções desenvolvidas.

É fundamental que a promoção seja coordenada pelos contéudos técnicos e científicos, e para o sucesso de qualquer intervenção na paisagem a sociedade tem um papel importante, para isso damos muito valor à informação e sensibilização ambiental.


Estes paineis e placas estão nas praias de Grândola, para informar os utentes da importância da vegetação autóctone, os QRcode permitem aceder a mais conteudos sobre cada espécie, associar fotografias e consultar ou divulgar posteriormente.

sexta-feira, 9 de maio de 2014

DUNAS


Os sistemas dunares são ecossistemas móveis altamente sensíveis, constituídas por sedimentos arenosos, transportados pelo mar e pelo vento. As suas principais funções são impedir o avanço do mar, salvaguardar os terrenos de cultura localizados nas áreas interiores e assegurar a conservação de um património faunístico e florístico muito específico.

Este equilíbrio é dinâmico, estando as dunas sujeitas a processos contínuos de criação bem como de fácil destruição quando não se encontram bem conservadas. A acção combinada dos ventos, marés e pisoteio provoca a destruição dos taludes do cordão dunar, bem como o recuo da sua base.

A arqOUT tem desenvolvido estudos e projectos neste âmbito e aqui ficam alguns exemplos de dunas em estado de erosão grave provocado pelo mau uso.
É fundamental sensibilizar e informar a sociedade da vulnerabilidade destes ambientes, e a importância de respeitar sinalética e passadiços.



Afim de repor a estabilidade do sistema dunar e criar condições à regeneração da flora dunar, tão importante em todos os aspectos, ESTÃO A SER DESENVOLVIDAS ACÇÕES DE RECUPERAÇÃO ECOLÓGICA DO SISTEMA DUNAR ao longo do litoral. É um processo gradual que acompanha a formação da duna nas zonas onde foi destruída.




O sistema utilizado nos projectos desenvolvidos pela arqOUT é biodegradável e flexível à evolução do perfil da praia, são varas secas de vime (salgueiro), dispostas de forma a favorecer a deposição de areia e estabelecimento da vegetação dunar. 
A COLOCAÇÃO DOS REGENERADORES DUNARES, é uma ACÇÃO DE MINIMIZAÇÃO DE EROSÃO COSTEIRA, promovendo a retenção de areias nas dunas. A sua instalação é efectuada nas dunas embrionárias e primárias, mais afectadas pelos efeitos do mar e degradadas pelo pisoteio.




As DUNAS SÃO SISTEMAS FRÁGEIS e estão em recuperação com o apoio da instalação deste processo biofísico: paliçadas em vime.

É fundamental para a sua renaturalização o contributo de todos que passa apenas por cumprir os códigos de conduta, PISAR AS DUNAS impede o depósito natural de areia, destrói o equilíbrio natural da vegetação dunar e provoca erosão, É CRIME!

Mesmo nas praias onde a sinalética não é tão visivel, aqui fica o nosso apelo:



As principais ameaças a estes ecossistemas são o pisoteio, a circulação de veículos motorizados (acções proibidas pelo Decreto-Lei n.º 218/95 de 26 de Agosto), a extracção de areias, a subida dos níveis do mar e a invasão por espécies exóticas como o Carpobrotus edulis (chorão), as Acacia sp.(acácia) ou a Cortaderia selloana (erva-das-pampas).

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Jardins em cobertura - Telhados Verdes II

De modo a simplificar a abordagem aos diferentes tipos de coberturas verdes, podem-se dividir em dois grupos, segundo a sua utilização, tipo de actividades e pisoteio: coberturas verdes extensivas e coberturas verdes intensivas.

Coberturas verdes extensivas são apropriadas para grandes áreas, recebendo apenas vegetação rasteira que requer menor manutenção e sem grande capacidade de carga. Não se destinam a serem espaços de lazer ou de contemplação estética, estando na maioria dos casos inacessíveis. A sua existência deve-se principalmente à criação de um espaço que possibilite o isolamento térmico da cobertura do edifício, podendo também servir como uma extensão da Natureza. 

As coberturas verdes intensivas estão preparadas para receber vegetação mais diversificada e actividades que exijam uma maior resistência da massa verde e uma maior manutenção do espaço. O uso e acesso a estes espaços consequentemente vai para além da inócua manutenção, sendo condicionados de acordo com a disposição e extensão da cobertura. A nível de desenvolvimento da massa vegetal, a camada de substrato necessária para receber plantas terá de ser superior a 15/20cm. Visto que as plantas inseridas neste tipo de coberturas têm tendência para crescer tanto em porte como em raiz, estas últimas têm de ser acomodadas confortavelmente.

  A escolha de plantas que integrem uma cobertura verde sustentável passa inevitavelmente por plantas que melhor se enquadrem ao clima do local onde a estrutura será instalada. Existe uma grande variedade de plantas autóctones disponíveis e adequadas para cada espaço verde sobre cobertura, contribuindo para a criação de um espaço agradável e ao longo prazo, com reduzidos custos de manutenção. 

A grande maioria das espécies usadas nos espaços verdes de cobertura, pertencem à flora de Portugal, tal como as do género Sedum, crassuláceas de folha carnuda que suportam situações com pouca disponibilidade de água. A extensão que atingem e os tapetes uniformes e preenchidos que criam, fazem desta, a planta mais usada em coberturas verdes.






quinta-feira, 24 de abril de 2014

Jardins em cobertura - Telhados Verdes I

A existência de zonas verdes em cobertura remonta muito antes à edificação de estruturas verticais com topos estéreis, sujeitos a grandes variações de temperatura e avessos à presença de água. Com a presença de telhados horizontais nestes edifícios, o conceito de revestir o topo de uma edificação, criando um espaço que suporte vida, foi retomando cada vez mais a sua presença na civilização actual.



As coberturas verdes desempenham diversas funções, apresentando variadas vantagens cada vez mais apelativas à sua instalação. Entre as muitas vantagens que as caracterizam, destacamos as seguintes:

  • Valorização imobiliária do edifício - criação e uso prático de espaço em meio urbano;
  • Conversão de um telhado num espaço verde de carácter público ou privado;
  • Criação de zonas de lazer, de recreio activo ou passivo;
  • Criação de zonas de contemplação estética e de abrigo à biodiversidade;
  • Nova geração de espaços verdes em meio urbano (Continuum Naturale);
  • Espaço de eficiência energética - isolamento térmico e sonoro do edifício + amenização da retenção de calor pela presença de massa verde e terra vegetal);
  • Conforto bioclimático + protecção da cobertura + enquadramento do conjunto arquitectónico;
  • Absorção de gases poluentes e filtração de partículas tóxicas;
  • Melhor aproveitamento das águas pluviais - abastecimento dos depósitos para rega.
A necessidade de valorização e de criação de espaços verdes utilizando as coberturas dos edifícios, num contexto urbano onde este é raro, foi actualizada quer pelas técnicas utilizadas, quer mesmo pelo uso que lhes é atribuído. Presentemente é possível instalar zonas verdes em edifícios, até mesmo em coberturas com determinada inclinação.

Por todo o país é possível observar estas estruturas, no entanto, consoante a função e carga de uso destinados, a designação de cobertura verde difere. 

Consoante o tipo de coberturas apresentadas, o uso de plantas encontra-se condicionado devido à profundidade da camada de substrato disponível. Tendo em conta os requisitos básicos para a construção de uma cobertura verde, a estrutura deve sempre garantir a impermeabilização da laje a drenagem das águas pluviais, a necessidade de acesso para manutenção e a rega se for o caso.